domingo, 24 de junho de 2012

No CE, denúcias de abuso e violência a criança aumentam em 68%

Foram 338 denúncias de abuso e violência de janeiro a abril de 2012.
Ceará é o oitava estado com maior número de denúncias, diz secretaria.
As denúncia de violência e abuso sexual contra crianças nos primeiros quatro meses do ano cresceram 68% no Ceará em relação ao mesmo período do ano passado. São 338 casos de janeiro a abril, segundo a Secretaria de Direitos Humanos do Ceará. Ainda conforme a secretaria, o Ceará é o oitavo estado com maior número de denúncias.
Segundo a delegada da Criança e do Adolescente de Fortaleza, Ivana Timbó, a maior parte dos casos ocorrem sem haver denúncia. Ivana diz também que apurar esse tipo de crime é difícil. "É um crime muito difícil de ser apurado. As próprias meninas que são abusadas elas não se sentem vítimas, as famílias não colaboram. As pessoas que sabem do fato são muito resistentes a comparecer a delegacias", diz.
Especialistas recomendam que, caso haja suspeita do crime, os pais devem observar mudanças de comportamento dos filhos como agressividade, tendência a se isolar e ficar mais calado. As denúncias de violência e abuso a crianças devem ser feitas por meio telefone 100.
No Ceará há instituições que recebem crianças que sofrem maus tratos. Uma delas é a Casa Lar, inaugurada há seis meses e que atende até 10 crianças simultaneamente. "Nosso objetivo é resgatar. Resgatar aquela infância perdida da criança", diz Célia Maria, coordenadora do Casa Lar.
"Minha mãe me bateu a primeira vez quando eu tinha uns cinco anos. Ficava me batendo de alicate, cipó. Mandava eu ficar de joelho no chão em cima de milho, arroz e feijão", diz uma garota que deixou de morar com a mãe porque sofria maus tratos. Hoje ela vive no Casa Lar e espera voltar a ter uma infância. "Hoje eu estou feliz. Não quero voltar para minha casa", diz a criança.



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bahia lidera ranking de denúncias de abuso sexual contra crianças.

A delegacia recebe cerca de 4 mil queixas-crime e mais de 2 mil denúncias anônimas
Quando o assunto é abuso sexual contra crianças e adolescentes, a polícia baiana vive um paradoxo – de um lado, há o alto número de denúncias, mas do outro, a baixa quantidade de inquéritos instaurados e investigações concluídas no estado. De acordo com um levantamento da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (Sedh), a Bahia lidera o ranking de denúncias de abuso, com 962 casos, e de exploração sexual, com 250. Ainda assim, não há dados precisos quanto ao resultado efetivo das queixas, através de inquéritos instaurados e das punições impostas aos agressores. Entre as causas apontadas para o problema estão a falta de estrutura das delegacias e as deficiências no treinamento dos profissionais responsáveis pela apuração dos crimes. “Treinamento específico não tem. É uma situação constrangedora, é verdade”, admite Ana Crícia, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente, única unidade do estado dedicada a episódios deste tipo. A delegacia recebe cerca de 4 mil queixas-crime e mais de 2 mil denúncias anônimas sobre os mais diferentes atos de violência contra menores, a maioria praticado por parentes próximos. Informações do jornal Correio.

Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão

4 de Junho
Dia quatro de junho não é data para se comemorar. Absolutamente, não.
É um dia, isto sim, para refletirmos sobre algo terrível: a violência contra as crianças.
Quatro de junho, por conseguinte, foi escolhido para ser o Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão.
Em todo o mundo ela acontece e, aqui, no Brasil, também. Infelizmente.
Mas é preciso ficarmos atentos para o significado dessa agressão e nos perguntarmos de que tipo de agressão, afinal, estamos falando. Somente da agressão física? Naturalmente que esta é a mais dolorosa do ponto de vista biológico, mas será ela a mais absurda?
Existem diversos níveis de agressão: a corporal, a psicológica, a social, a econômica... outros deve haver, com certeza, mas por ora fiquemos com esses.
VIOLÊNCIA CORPORAL
Segundo o Ministério da Saúde, a violência é a segunda principal causa de mortalidade global em nosso país e só fica atrás das mortes por doenças do aparelho circulatório. Os jovens são os mais atingidos. Além deles, a violência atinge ainda, em grau muito elevado, as crianças e as mulheres.
Para esta situação contribuem diversos fatores, entre eles, a má distribuição de renda, a baixa escolaridade, o desemprego.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, 64% das denúncias de agressão à criança tem origem em casa, de acordo com levantamento do SOS Criança (instituição estadual que recebe denúncias de agressão contra a criança e o adolescente).
Os episódios mais rotineiros são afogamento, espancamento, envenenamento, encarceramento, queimadura e abuso sexual.
Não é preciso ressaltar o quanto os casos de estupro, de clausura, prejudicam o desenvolvimento afetivo e psicológico da criança, sem falar naqueles que levam à morte ou a problemas físicos irreversíveis.
VIOLÊNCIA ECONÔMICO-SOCIAL
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Trabalho Infantil (PNAD/2001), realizada pelo IBGE, o trabalho infantil é exercido por cerca de 2,2 milhões de crianças brasileiras, entre 5 e 14 anos de idade.
A maioria dessas crianças vem de famílias de baixa renda e trabalha no setor agrícola.
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que nos países em desenvolvimento mais de 250 milhões de crianças de 5 a 14 anos de idade trabalham.
A maioria delas (61%) vive na Ásia - um continente de grande densidade populacional - e em seguida vem a África, com 32%.
Porém, em termos relativos, é na África que a situação preocupa, pois em cada cinco crianças, duas trabalham.
Na Ásia, a proporção cai para a metade: de cada cinco crianças de 5 a 14 anos, uma trabalha.
Nas grandes cidades, muitas crianças são ambulantes, lavadoras e guardadoras de carros, engraxates etc., vivem de gorjetas, sem remuneração ou com, no máximo, um salário mínimo.
Esta situação as afasta da sala de aula e também das brincadeiras, jogos lúdicos fundamentais para um desenvolvimento psicológico saudável rumo à vida adulta.
Conseqüência da pobreza, uma vez que essas crianças necessitam trabalhar para ajudar no sustento familiar, o trabalho infantil é proibido pela Constituição Brasileira de 1988 e seu combate é considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) uma das prioridades dos países em desenvolvimento.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Hoje é Dia Mundial da Criança!!

01 de Junho
Após a 2ª Grande Guerra Mundial, as crianças de todo o Mundo enfrentavam grandes dificuldades, a alimentação era deficiente, os cuidados médicos eram escassos.
Os pais não tinham dinheiro, viviam com muitas dificuldades, retiravam os filhos da Escola e punham-nos a trabalhar de sol a sol. Mais de metade das crianças Europeias não sabia ler nem escrever.
Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, propôs às Nações Unidas que se comemorasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo.
Os Estados Membros das Nações Unidas, - ONU - reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho, propuseram o Dia 1 de Junho, como Dia Mundial da Criança.
Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”.
A ONU reconheceu também que “em todos os países do mundo há crianças que vivem em condições particularmente difíceis e a quem importa assegurar uma atenção especial, tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção e o desenvolvimento harmonioso da criança e a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países, em particular nos países em desenvolvimento.”