quarta-feira, 28 de março de 2012

Menina de 11 anos sofre abuso sexual de vizinho, diz polícia do ES

Criança ficou internada em um hospital após a violência em Cariacica.
Suspeito está preso no Centro de Triagem de Viana, mas nega o crime.
Com apenas 11 anos, uma menina, que tem a identidade preservada pela família, já sofreu um trauma que pode ser levado pelo resto da vida. Segundo a polícia, a criança foi estuprada por um vizinho em Cariacica, na Grande Vitória, no último domingo (18) e precisou ficar internada em um hospital por conta da violência. O suspeito já está preso no Centro de Triagem de Viana, na Grande Vitória e pode pegar de oito a 15 anos de prisão.
A mãe da criança não se conforma. “A gente cria com tanto carinho, com tanto amor e aí vem um monstro desses e faz isso com o filho da gente. Eu ainda estou em estado de choque. Estou há três dias sem comer direito”, disse.
Inocente, a menina explicou como foi o abuso. “Todos os dias eu via ele passando de caminhão na frente da minha casa. Um dia ele me levou pra casa dele. Eu quero que ele fique preso, sinto muito desgosto”, contou a menina.
Segundo o delegado Marcelo Nolasco, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) , todas as provas levam a crer que foi realmente ele quem cometeu o abuso.
“Depois que aconteceu o abuso a menina já avisou à mãe que era uma pessoa vizinha. Ele foi preso usando drogas no mesmo dia do crime. O suspeito negou e jogou a culpa em outra pessoa, mas a vítima foi categórica em afirmar que havia sido mesmo ele”, explicou o delegado.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Polícia apura casos de abuso sexual em escola de Américo Brasiliense, SP.

Inspetor estaria acariciando alunos de nove anos desde o ano passado. Advogado do acusado nega e afirma que funcionário foi ameaçado.
A Polícia Civil de Américo Brasiliense, no interior de São Paulo, apura uma denúncia de abuso sexual sofrido por crianças de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) da cidade. A acusação foi feita pela avó de uma das alunas, de nove anos, que afirma ter sido acariciada por um inspetor da Emef, localizada no bairro São José. 
O caso foi registrado na tarde desta quarta-feira (14) pela Polícia Militar da cidade como importunação ao pudor. Segundo a denunciante, sete crianças, quatro meninas e três meninos, contaram receber carícias do homem desde o ano passado, além de presenciar atos impróprios e cenas consideradas constrangedoras. 
A avó e o pai da criança foram ouvidos pelo delegado Edmar Benedito Píccolo logo após o registro da ocorrência. Segundo ele, a denúncia ocorreu somente agora porque as crianças teriam sido chamadas pela diretoria da escola para esclarecer boatos sobre o caso. 
A diretora e o inspetor acusado também foram ouvidos, mas não quiseram falar sobre o caso à imprensa. "Eles negaram qualquer caso de abuso a menores e o inspetor disse que havia sido ameaçado de morte pelo pai de uma das crianças", garantiu o advogado Sérgio José Capaldi Júnior, que responde pelo acusado. 
Segundo o delegado que acompanha o caso, um inquérito foi aberto e deve contar com participação do Conselho Tutelar de Américo Brasiliense no andamento das investigações.

Fonte: G1


sábado, 24 de março de 2012

Site que incita violência racial e abuso infantil leva homens a prisão em Curitiba.

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (22) dois homens que mantinham um site com conteúdo que incitava violência racial e abuso infantil. Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira foram presos em um hotel de Curitiba durante a Operação Intolerância. O primeiro vive em Curitiba, enquanto o segundo tinha residência fixa em Brasília.
Dentre as postagens dos sites, algumas apoiavam Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre do Realengo no ano passado, que matou doze crianças ao entrar em uma escola no Rio de Janeiro.  Os autores do site, inclusive, informaram à polícia que foram procurados por Oliveira para ser orientado sobre como proceder na ação criminosa. Eles também disseram à polícia que fazem parte de uma seita que prega o extermínio aos membros que não são fiéis à causa.
Segundo Flúvio Cardinelli, delegado da PF, há meses os dois membros publicavam conteúdos de apologia a crimes de violência contra mulheres, homossexuais, nordestinos, judeus e até incitação a abuso sexual contra crianças. Na área de descrição do site, os autores o definem como “um blog para chutar a cara das feministas...massacrar toda a escória esquerdista e politicamente correta”.
O Ministério Público Federal recebeu, até o dia 14 de março, quase 70 mil denúncias relacionadas ao conteúdo discriminatório do site.
Os dois presos vão responder por crimes de incitação e indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social (Lei 7.716/89); de incitação à prática de crime (Artigo 286 do Código Penal) e de publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente (Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA).

Fonte (Agência Brasil)


Casos de violência sexual infantil crescem 67,5% nos últimos dois anos.

Somente em janeiro, foram anotadas 34 ocorrências, mais de uma por dia. A polícia prendeu 12 abusadores.
As denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes não param de crescer na capital do país. Nos dois últimos meses, as histórias de abusos como a do pai que engravidou a própria filha de 12 anos em Ceilândia e a do padre que praticava atos libidinosos com os filhos de fiéis em São Sebastião chocaram o Distrito Federal. O aumento dos casos divulgados coincide com a alta média de queixas. Elas ultrapassam a marca de uma por dia. Os números sinalizam que o crime ainda velado e cercado de tabus começa a sair das quatro paredes onde normalmente é cometido. As ocorrências em 27 das 31 regiões administrativas do DF mostram que o perverso crime não depende de conta bancária e está presente em todas as classes sociais.
Somente em janeiro deste ano, 34 ocorrências foram registradas, seis a mais do que no mesmo período do ano passado. Um crescimento de 21,4%. Em dois anos, os registros subiram 67,5%, saltando de 243 para 407 somente na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Graças às denúncias e às investigações da DPCA, pelo menos 12 abusadores foram presos nos últimos dois meses.
O aumento das denúncias segue a tendência do resto do país. As queixas pelo Disque 100 cresceram mais de cinco vezes, saltando 160 mil atendimentos para 866 mil de 2010 para 2011. A procura por auxílio especializado demonstra que as famílias brasileiras estão começando a perceber que o problema do abuso sexual não pode ser resolvido apenas no ambiente doméstico.


Projeto Vira Vida previne abuso sexual infantil na Copa.

Profissionais ligados ao turismo serão capacitados para orientar turistas que prostituição infantil é crime no Brasil.
Natal – O Vira Vida, do Serviço Social da Indústria (Sesi), que atua junto a adolescentes vítimas de exploração sexual, se dedicará à prevenção da prostituição infantil durante a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. A atuação dos agentes da iniciativa será centrada em estabelecimentos ligados ao turismo como aeroportos, hotéis e pontos de táxi.  O Sebrae no Rio Grande do Norte participa do projeto com a capacitação para o empreendedorismo de jovens em situação social vulnerável no estado.
De acordo com a coordenadora do projeto na unidade do Sebrae no estado, Flávia Ribeiro Alves, neste ano a instituição oferecerá duas capacitações em empreendedorismo. A primeira será destinada a 30 alunos que já participam do projeto e a outra para os jovens que ainda vão ingressar na programação. "Esses novos integrantes são recrutados pelas organizações parceiras", explica Flávia.
“Temos essa preocupação porque, durante a Copa da África, a prostituição aumentou em 40% e aquele país não tem o apelo sexual que o Brasil tem no exterior", alega o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli. A explicação para o aumento está no perfil de turistas que prestigiam os jogos. Mais de 80% é do sexo masculino, solteiro, de classe alta e não quer apenas assistir às partidas de futebol.
A ideia é usar os serviços de táxis, por exemplo, para informar aos turistas que a exploração e o abuso sexual infantil é crime no Brasil. Os taxitas receberão blocos de recibos com o Estatuto da Criança e do Adolescente no verso.
O superintendente do Sebrae no Rio Grande do Norte, José Ferreira de Melo Neto, confirmou a parceria e destacou que, desde 2009, o projeto Vira Vida já formou seis turmas e beneficiou mais de 100 jovens no estado. Além do Sebrae, o presidente do Conselho do Sesi vistou a regional da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio/RN).
O projeto Vira Vida foi criado em 2008 pelo Sesi, em parceria com instituições do sistema S e empresas que desenvolvem ações de responsabilidade social. A iniciativa ressocializa jovens de 16 a 21 anos que sofreram exploração sexual. O projeto oferece capacitação profissional e emprego em áreas como moda, hotelaria e gestão de negócios. Além disso, os participantes recebem atendimento médico e psicológico e uma bolsa mensal.




Como saber se uma criança foi ou está sendo molestada sexualmente?

Um menino ou menina abusados sexualmente podem apresentar mudanças drásticas no seu físico ou comportamento:
 Indicadores físicos de abuso sexual 

- Dificuldade para caminhar ou sentar-se.

- Lesões, cortes, machucados nos órgãos sexuais.

- Irritação da área ano-genital.

- Infecções nas zonas genitais e urinárias.

- Doenças venéreas.

- Presença de esperma.

- Gravidez.

- Dificuldades para defecar.

- Hemorragias pela vagina ou pelo reto.

- Roupa interior manchada ou rasgada.

- Hematomas no corpo, especialmente  nos genitais.

 Indicadores comportamentais de abuso sexual

- Masturbação excessiva.

- Conhecimenos e condutas sexuais impróprios para sua idade.

- Interesse excessivo, ou rejeição total de natureza sexual.

- Comportamento sedutor.

- Depressão ou isolamento dos amiguinhos e família.

- Desordem no apetite (perda, anorexia, bulimia).

- Regressões, incapacidade para controlar esfíncteres.

- Problemas com o sono (insônia, medo e pesadelos).

- Choro contínuo.

- Excessiva agressividade.

- Temor ou rejeição a alguma pessoa.

- Baixo rendimento escolar.

- Desconfiança de si mesma.

- Negar-se a ir à escola, delinquência.

- Evidência de abusos ou incômodos nos seus desenhos, jogos ou fantasias.

- Comportamento suicida.

- Outras mudanças bruscas no seu comportamento.

Muitas vezes não se notam sinais físicos de abuso sexual na criança, mas se notam nos genitais ou no ânus, que só podem ser reconhecidas por um médico.
Mesmo com esses indícios, não se pode dizer que todas as crianças que apresentam essas mudanças no seu físico ou comportamento esteja sofrendo abuso sexual. De todas as formas recorra ao pediatra para dirimir quaisquer dúvidas.

Fonte consultada: Savethechildren





Internautas ajudam polícia a prender homens que cometiam crimes na web.

Criminosos mantinham páginas com mensagens de racismo contra negros, judeus, mulheres, homossexuais e nordestinos. 
Após denúncias de internautas de todo o país, a polícia prendeu, em Curitiba, dois homens que cometiam crimes na internet. Foram quase 70 mil denúncias de internautas.
As informações levaram à prisão de Marcelo Mello Silveira, e Emerson Rodrigues. Eles mantinham uma página com mensagens de ódio e racismo contra negros, judeus, mulheres, homossexuais e nordestinos, e defendiam a pedofilia e o estupro.
Policiais encontraram com um dos presos um mapa de uma casa em Brasília. O plano era matar estudantes da UNB durante uma festa. Eles também tiveram contato com Wellington Oliveira, o atirador que matou 12 crianças numa escola de Realengo, no Rio de Janeiro, no ano passado.
Para a polícia, as prisões desta quinta-feira (22), feitas a partir de denúncias pela internet, devem servir de exemplo. Na página da Polícia Federal, existe um link (clique aqui para mais informações) em que os internautas podem ajudar a combater crimes sem se identificar. Outra opção é o disque 100.
“Eu faço um apelo: se tiverem informações desta natureza, de crimes de ódio, crimes de preconceito de qualquer natureza, pornografia infantil, abuso sexual infantil, denuncie”, pede o delegado Flúvio Cardinelli.


Casos de crianças vítimas de abuso sexual triplicam em hospital de SP

Ao todo, 1.088 casos foram comunicados em 2011 ante 352, em 2001.
Mulheres são as principais vítimas, mas casos triplicam entre homens.
O número de crianças vítimas de abuso sexual atendidas pelo Hospital Estadual Pérola Byington, localizado em São Paulo, triplicou nos últimos dez anos, de acordo com um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. As informações são da Agência Brasil.
Em 2011, foram registrados na unidade 1.088 casos de menores de 12 anos que sofreram esse tipo de violência, enquanto em 2001 foram 352 casos. O hospital é referência em atendimentos do tipo na capital paulista e na Grande São Paulo.
Entre os adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, a quantidade de atendimentos cresceu 52% no período pesquisado. Já o número total de casos entre vítimas adultas (acima de 18 anos) caiu 40%.
O levantamento da secretaria aponta ainda que, se considerado o total de atendimentos do hospital, houve um aumento de 26,4% no número de mulheres vítimas. Já entre os homens, a quantidade triplicou. Em geral, somando vítimas de todas as idades e sexos, o crescimento em dez anos ficou em 37%.
“Apesar disso, acreditamos que para cada caso comunicado existem quatro que não chegam ao conhecimento de ninguém. Esses dados representam cerca de 20% de um suposto total”, estimou.
Para Jeferson Drezett, médico e coordenador do Núcleo de Violência Sexual do hospital, os dados não apontam um crescimento no número de casos nesses dez anos, mas, sim, um aumento no número de abusos comunicados.
Para o médico, a diferença na evolução das estatísticas referentes a vítimas adultas e crianças é decorrente da melhora nas políticas públicas relacionadas ao assunto.
“Mulheres adultas têm, hoje, mais possibilidades de receber atendimento desse tipo perto de suas residências. Atualmente, diferente do que acontecia há algum tempo atrás, elas não precisam mais sair de regiões afastadas e vir para o Pérola Byington. Já quando se tratam de crianças e adolescentes, a quantidade de locais aptos a atender é bem menor e eles [os casos], em sua maioria, são direcionadas para cá”, diz o médico.
Para identificar se há possibilidade de um menor estar sofrendo abuso sexual, Drezett destaca como pontos a serem observados: mudanças abruptas de comportamento e queda no rendimento escolar sem explicação.
Caso sejam identificadas situações assim, a orientação é para que seja feita uma tentativa de diálogo, de forma sutil, e que, confirmando-se a suspeita, se denuncie o caso para o Conselho Tutelar mais próximo. O comunicado pode sempre ser feito de forma anônima, ressalta Drezett.
Mudança cultural

Drezett afirma que o Brasil sofreu uma mudança cultural nos últimos anos, que ajuda pais e professores,ou cuidadores de crianças em geral, a identificar sintomas de abuso sexual. “Esse tipo de violência era antes encarado de forma velada e hoje é repudiado publicamente. A mídia fala mais sobre o assunto. Além disso, as pessoas aprenderam que essa é uma situação que não pode ser tolerada e que, quando há conhecimento dela, precisa ser comunicada para romper com esse ciclo de violência”.